quinta-feira, 4 de setembro de 2008

As Pilhas e Seus Danos no Meio Ambiente

Experiência mostra estrago das pilhas no meio ambiente
Não é novidade para ninguém que as pilhas que fazem os aparelhos eletroeletrônicos funcionarem devem ser trocadas de tempos em tempos.
O problema está na hora de elimina-las. Por incrível que pareça, ainda há gente que joga as pilhas no lixo comum, sem se preocupar com os prejuízos que essa atitude pode causar ao meio ambiente.
As pilhas são compostas, em sua maioria, por metais pesados como zinco, chumbo, manganês e mercúrio, as pilhas não devem ser jogadas no lixo comum, já que seus elementos tóxicos contaminam o solo, o lençol freático e, no final das contas, o próprio homem.
Os danos à saúde podem aparecer na forma de problemas cardíacos e pulmonares, distúrbios digestivos, osteoporose, disfunção renal e depressão. Somado ao fato de que as pilhas demoram até 500 anos para serem absorvidas pelo ambiente, e que no Brasil, por ano, são descartadas 170 milhões de pilhas, o problema passa a ser grave.
Para tentar mudar o quadro atual de desinformação, algumas escolas de São Paulo passaram a desenvolver projetos junto a seus alunos de conscientização sobre os problemas que as pilhas e baterias podem causar ao meio ambiente se não tiverem uma destinação correta.
Na Escola Internacional de Alphaville, os alunos da 3ª série do Ensino Fundamental participam, desde agosto, de um projeto sobre o assunto. Para observarem todo o poder de destruição que este pequeno objeto pode ter quando em contato com o meio ambiente, eles fizeram um terrário, onde reproduziram as diversas camadas do solo e o lençol freático.
Ali plantaram alguns feijões e enterraram uma pilha. Diariamente, eles regam os pés de feijão e observam as transformações que estão ocorrendo. “A pilha já soltou uma substância amarelada que contaminou parte do solo e o lençol freático, deixando a água também amarela. Percebemos que o resíduo tóxico atingiu algumas raízes, agora vamos acompanhar qual o efeito da presença desta pilha nos pés de feijão”, explica a professora Sildemara Bernardo.
Em uma outra experiência, os alunos colocaram pilhas em um tubo com água, para então registrarem tudo o que acontece. “Uma das pilhas já está quase totalmente aberta, a casca de outra já se soltou e começa a enferrujar”, descreve Sildemara.
Ela relata que os alunos ficam perplexos diante das experiências, nenhum deles imaginava que uma simples pilha, jogada em um lixo comum, pudesse causar tantos danos. “Eu só sabia que a pilha tem componentes perigosos, mas pensava que não contaminava o meio ambiente”, conta Samuel Gonzáles, de 9 anos.
Diante de tanta novidade, os alunos fizeram questão de mostrar o que aprenderam aos colegas da 5ª à 3ª série do ensino médio. Eles visitaram todas as salas e exibiram o terrário e o tubo com as pilhas. A reação foi imediata, perguntas e mais perguntas sobre o assunto. “Eles ficaram super interessados, queriam saber o que iria acontecer se um animal tomasse esta água, ou se este líquido contaminado atingisse um poço artesiano. Eles perceberam que este risco é real”, comenta a professora.
Depois do projeto, todas as turmas passaram a recolher pilhas e baterias usadas. “Começamos a receber sacolas e mais sacolas lotadas de pilhas”, conta Sildemara. Todo o material arrecadado será entregue à Cetesb no final de outubro, onde será destruído sem agredir o meio ambiente.
No Colégio Pentágono, na unidade Alphaville, toda semana, o professor laboratorista Rogério Santanna conversa com seus alunos, de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, sobre a importância de se preservar o meio ambiente.
Além de pedir que economizem água e façam coleta seletiva, ele também alerta sobre os perigos de se jogar pilhas e baterias usadas no lixo comum. O projeto, que começou em maio, surtiu efeito logo após a primeira aula. “Os alunos ficaram tão preocupados, que no dia seguinte, trouxeram uma imensidão de pilhas”, recorda o professor. “Agora eles repassam estes conhecimentos para as famílias e amigos e buscam pilhas inclusive na vizinhança”, completa.
Para observarem os resíduos tóxicos que podem contaminar o meio ambiente, os alunos enterraram pilhas em um copo descartável cheio de terra e também na água. Após três meses, elas já estavam completamente oxidadas. “Acredito que para conscientizarmos, temos primeiro que sensibilizar e, para isto, faço questão de mostrar a eles a realidade, o perigo que todos corremos se substâncias tóxicas como estas atingem o lençol freático, por exemplo”, comenta Rogério.
O projeto tem mobilizado alunos - toda classe tem uma caixa para coleta - e também funcionários, que trazem as pilhas usadas de casa. Mais de 30 kg deste material já foram arrecadados. No início do próximo ano, quando tudo o que tiver sido arrecado for levado para a Cetesb, terá início a segunda parte do projeto. O professor pretende filmar o que acontece com as pilhas depois que chegam à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. “Quero ver se realmente as pilhas e baterias recebem um tratamento especial ou se acabam indo para o aterro sanitário, como um lixo comum”, explica Rogério.

5 comentários:

:) disse...

Interessante!
realmente poucas pessoas sabem dos danos que as pilhas podem causar ao meio ambiente.Gostei das informações.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

muito bom a matéria ... pesquisei alguns sites e nao achei

queria saber a quantidade que uma pilha polui de água, ex: 1 pilha polui 500l ou 1mi litros ...
pode me informar?

Unknown disse...

obrigada era disso q eu precisava

Unknown disse...

Uma pilha descartada irregularmente pode contaminar aproximadamente 20 mil litros de água.
pode confiar eu pesquisei ok amigo